quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sebastiana e Severina

Duas rendeiras que já não dispunham da beleza da juventude, mas tinham um sonho: desejavam encontrar “um príncipe encantado” para casar. Com a chegada de Chico o forasteiro as duas irão se apaixonar, em busca do mesmo homem irão abrir o coração. Através do folclore nordestino, costurado de rendas e emoção Sebastiana e Severina contam uma historia de amizade verdadeira do Sertão. 






segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Significados

ENSAIAR

SIGNIFICADO -  v.t.- Fazer ensaio de; treinar, adestrar, Tentar, esforçar-se experimentar.

SINÔNIMO DE ENSAIAR -  analisar, apalpar, examinar,exercitar,experimentar, explicar,praticar,provar,tentar e treinar.

SENTIMENTO - Insistência, tentativas, vontade acima de tudo de CRIAÇÃO CRIATIVA.










quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A RENDEIRA DONA OLINDA (sous-titres en français)



Essa é a Dona Olinda, uma rendeira de primeira. Conheça mais sobre a arte de rendar!


RENDEIRAS: A ORIGEM



Surgiu nos fins da idade média, sobretudo na França, Itália, Inglaterra e Alemanha. A renda chegou ao Brasil no século XVIII, através das famílias portuguesas colonizadoras, um oficio praticado  pelas moças de fino trato  foi resignificado pelo povo brasileiro.

RENDAS:

Há duas categorias de rendas: uma produzida com o auxílio de bilros. Outra é confeccionada com o uso de agulhas, como é o caso da renda renascença, o filé e o labirinto. Em outros casos, há agulhas especiais, como para produzir crochê e tricô. Tanto a renascença como a renda de bilro é produzida em cima de almofadas.

Filé (Salgado de São Félix, Paraíba)
Esta técnica milenar encontra-se difundida sobretudo nos estados de Alagoas e Ceará. O filé surge a partir de uma rede simples, composta de malhas e de nós, e por isso é também denominado “rede de nó”, seguindo a técnica de confecção da rede de pescador, que lhe serve de inspiração.

Renascença (Jataúba, Pernambuco)
A renda renascença é uma técnica têxtil que teve sua origem na ilha de Burano, em Veneza, Itália, no século XVI. É confeccionada com agulha, linha e lacê de algodão. Em uma primeira etapa, faz-se o desenho sobre papel, que é preso sobre a almofada. O lacê é então afixado sobre o papel com a ajuda de alfinetes e entremeado pelos diferentes pontos da renda.
Cada ponto é nominado segundo elementos da natureza, comidas, ou expressam na renda sentimentos e esperanças de quem os criou: aranha, abacaxi, traça, cocada, xerém, amor seguro, laço, sianinha, malha e amarrado.

Irlandesa (Divina Pastora, Sergipe)
A renda irlandesa, ou ponto de Irlanda, surgiu na Europa, possivelmente no norte da Itália, em torno dos séculos XVI ou XVII. Sua tradição foi mantida nos conventos da Irlanda, de onde se difundiu para diversas partes do mundo. No Brasil, este tipo de renda é executado há várias gerações pelas artesãs sergipanas de Divina Pastora, fazendo parte do seu patrimônio cultural. Caracteriza-se pelo uso de lacê, um cordão sedoso o que a diferencia da renda renascença. É elaborada com linha e agulha que, seguindo o roteiro de desenhos feitos em papel grosso e que é preso em almofada, perpassam os meandros e os florões delineados com o lacê, formando assim uma variada combinação de pontos.

Labirinto (Ingá, Chá dos Pereira, João Pessoa, Serra Redonda, Juarez Távora – Paraíba)
O labirinto (ou crivo) é um tipo de renda de agulha e tem como caracteristica o fio desfiado preliminarmente, o qual é tecido com linha, seguindo os desenhos estabelecidos. O processo de feitura possui 6 etapas: escolher o tecido e tirar a metragem; riscar o desenho; desfiar o tecido; fazer o enchimento; torcer e perfilar.

Renda de Bilro
Diversos são os “pontos” preparados: abacaxi, folha em renda, cocadinha, não-me-deixe, mata-fome, quadro, margarida, coração, palma, ziguezague, trocado, trança, trocadinho, matachim, aranha, meus olhos, escadinha de Cupido etc. etc. etc.
A renda de bilros é feita sobre uma almofada com enchimento de crina, serragem ou algodão; tal almofada é em geral recoberta de tecido cujas cores não agridam a vista. A almofada pode ser presa num suporte de madeira, mas há rendeiras que simplesmente a apoiam numa cadeira ou banquinho. A almofada é a base sobre a qual se executam as rendas e nela se prende o cartão com o esquema em cima do qual irão se trançando os bilros, ‘a medida que se prendem os compassos com alfinetes. Os bilros são uma espécie de haste de madeira provida de uma cabecinha numa das extremidades. Sobre ela enrola-se a linha para fazer a renda. Os bilros são sempre utilizados aos pares.

Fonte: www.artesol.org.br , IPhan – Instituto do Patrimônio Histórico
Livro: ‘Renda Renascença – uma memória de ofício paraibana’, Sebrae (224 pág. – 2005) Escrito pelo designer e pesquisador Christus Nóbrega –