sábado, 17 de outubro de 2015

SARAU ‘Rendando com a Comunidade o Teatro popular para as Minorias’

No dia 11 de Outubro dos Rendeiros Contadores de Histórias estiveram em Embu das Artes, no Teatro Solano Trindade realizando o SARAU previsto no projeto.
Visando fomentar um repertorio artístico dentro da comunidade, em parceria com grupos de Ações Culturais, associações de bairros e famílias locais, promoveram uma grande reunião festiva entre
amigos ligados à arte/cultura e a comunidade, tivemos a parceria do núcleo Vênus Negra com seu bazar itinerante, recebemos Edgar Izarelli,Lua e Edu com trechos do espetáculo "O Brilho de uma Alma". Francine Mendonça com a contação de História "Nós".
Foi um evento  reflexivo sobre o fazer e celebrar arte, tendo a presença ilustre de Raquel Trindade.
Os Rendeiros fecham o ciclo do Premio Zé Renato de Teatro com chave de ouro, com apresentação da Onça que espirra não come carne em "terras" mais distantes e na casa de quem acredita no teatro popular.
O Teatro Popular Solano Trindade é uma família que desde os tempos de Solano Trindade vem contribuindo e lutando em conjunto com o movimento negro para a autoestima do povo afro-brasileiro. A história do grupo começa em 1936, quando Solano fundou o Centro Cultural Afro-brasileiro e a Frente Negra Pernambucana, uma extensão da Frente Negra Brasileira. E em seguida, em 1945, junto com Abdias Nascimento, criou o Comitê Democrático Afro-Brasileiro. O interesse de Solano pela cultura popular ia além da teoria: não se cansou de fundar grupos teatrais, buscando valorizar o afrodescendente e contribuindo para a autoestima do povo negro. Preocupava-se com o que chamava de folclore, com as danças populares, reforçando sempre a importância de pesquisar a cultura nas fontes de origem.

Referencia: http://www.afreaka.com.br/notas/40-anos-teatro-popular-solano-trindade/

Nosso agradecimento especial a Vitor Trindade e Elis Sibere que abriram a casa para os Rendeiros Contadores de Histórias !














segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Onça no Reciclalázaro

Os Rendeiros voltam à Zona Leste para uma apresentação de encontro de gerações.

No dia 1 de outubro, a Reciclázaro, através do PROGAPI - Programa de Atenção à Pessoa Idosa - organizou uma tarde de festa no CEFOPEA (centro de Formação Profissional e Educação Ambiental), no bairro do Belém, em comemoração ao Dia Internacional dos Idosos.
Para celebrar esta data, idosos de centros de acolhida, centros de convivência e da comunidade local foram convidados para uma festa especial, ao lado de crianças do ensino fundamental da escola municipal Anália Franco, que comparecem acompanhadas dos pais e responsáveis. O objetivo foi desenvolver um espaço de integração de gerações.
Contando com mais de 150 convidados, os participantes assistiram ao espetáculo teatral “Onça que espirra não come carne” de Plínio Marcos.
(fonte: http://www.reciclazaro.org.br/reciclazaro-celebra-o-dia-internacional-do-idoso/).












segunda-feira, 5 de outubro de 2015

80 anos do Grande Plínio Marcos

No dia 29 de setembro o grande dramaturgo Plínio Marcos faria 80 anos e os Rendeiros Contadores de Histórias apresentaram a Onça na praça, pelo convite de Edson responsável pelo projeto "O Autor na Praça" que é um projeto que acontece no Espaço Plínio Marcos aos sábados, na feira de artes da Praça Benedito Calixto apadrinhado por Plínio Marcos
Projeto que sobrevive há tantos anos graças a persistência do grande Edson Lima.
Abaixo em Homenagem ao grande Plínio Marcos um texto para eternidade

O Ator

Por mais que as cruentas e inglórias batalhas do cotidiano tornem um homem duro ou cínico o bastante para fazê-lo indiferente às desgraças e alegrias coletivas, sempre haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave no qual ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu em sua vida.

Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou endurecer, de forma a atingi-lo no pequeno núcleo macio de sua sensibilidade, e por aí despertá-lo, tirá-lo da apatia, essa grotesca forma de autodestruição a que, por desencanto ou medo, se sujeita, e por aí inquietá-lo e comovê-lo para as lutas comuns da libertação.

Os atores têm esse dom. Eles têm o talento de atingir as pessoas nos pontos nos quais não existem defesas. Os atores, eles, e não os diretores e os autores, têm esse dom. Por isso o artista do teatro é o ator.

O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida em que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas, o ator tem que se conscientizar de que é um cristo da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade, vai ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que o ator tenha muita coragem, muita humildade, e sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de seus personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de ética pretendem.

Eu amo os atores nas suas alucinantes variações de humor, nas suas crises de euforia ou depressão. Amo o ator no desespero de sua insegurança, quando ele, como viajor solitário, sem a bússola da fé ou da ideologia, é obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente, procurando no seu mais secreto íntimo afinidades com as distorções de caráter que seu personagem tem. E amo muito mais o ator quando, depois de tantos martírios, surge no palco com segurança, emprestando seu corpo, sua voz, sua alma, sua sensibilidade para expor sem nenhuma reserva toda a fragilidade do ser humano reprimido, violentado. Eu amo o ator que se empresta inteiro para expor para a platéia os aleijões da alma humana, com a única finalidade de que seu público se compreenda, se fortaleça e caminhe no rumo de um mundo melhor, que tem que ser construído pela harmonia e pelo amor. Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem ter – não é o dinheiro, não são os aplausos - é a esperança de poder rir todos os risos e chorar todos os prantos. Eu amo os atores que sabem que no palco cada palavra e cada gesto são efêmeros e que nada registra nem documenta sua grandeza. Amo os atores e por eles amo o teatro e sei que é por eles que o teatro é eterno e que jamais será superado por qualquer arte que tenha que se valer da técnica mecânica. (1986).




quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Oficina de Contação de História Bilingue

Dentro do projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato de Teatro os Rendeiros ministraram uma Oficina de contação de História Bilingue para educadores. Aconteceu na CORIS -Ong Carrossel Encantado.

Foram oito horas de pura diversão e aprendizado, poderam entender a importância da contação de história e compartilhar de momentos teóricos e práticos de propostas bilingues para inclusão na sala de aula.