Diretora Sabrina Caires fala sobre a apresentação do dia 16 de agosto de 2015
Hoje eu preciso fazer uma postagem, sim pessoal, quando eu tinha 11 anos eu segui uma "trupe teatral" sentei na Praça Floriano Peixoto em Santo Amaro (Zona Sul) assisti um espetáculo Teatral de Rua e depois daquele dia nunca mais parei de fazer o que faço até hoje TEATRO.
Os Rendeiros Contadores de História chegaram na comunidade da Vila Constança próximo a Joaniza, e como eu nasci , me criei e fiz teatro nessa região teve um gosto muito especial, porque me vi nos olhares curiosos daquelas crianças, na alegria daqueles aplausos e no gosto de quero mais daquelas famílias, E até quando a periferia vai clamar por cultura? Até quando vamos ouvir "eles não gostam disso?" Me tirou a fome, ver as quadras com traves enferrujando, o mato tomando conta da praça e o lixo tomando conta da arquibancada dos que sentam para ver arte e a poeria imunda tampam os olhos daqueles que querem sorrir no meio da vida dura e triste que a sociedade impõe. Mas vieram, sentaram, trouxeram água, vassoura, cederam tomadas de sua casa,o banheiro, e melhor tomaram seu banho vestiram sua melhor roupa, jogaram peteca com elenco e aplaudiram de pé o que vale a pena A ARTE TEATRAL !!! E no final , no final chegou um lanche ,chegou uma tenda ,chegou uma água pra que? Isso não vem ao caso,ou ao acaso, isso pouco importa o que me importa é dedo de chinelo na bola furada, é a divisão da quadra, é a comunidade é o TEATRO PARA TODOS! Porque a arte não para, o mundo gira, levantamos a lona e amanhã? Amanhã.. Aman..Ama... A.