A peça “Onça Que Espirra Não Come Carne”, está chegando em São Paulo, uma obra infantil inédita, escrita por Plínio Marcos. As apresentações ocorrerão em praças públicas em diversas regiões, ao ar livre. Os atores do grupo teatral “Rendeiros Contadores de Histórias”, já vivenciam os personagens [bichos humanizados], desde o começo do ano quando se iniciaram os ensaios, que ocorrem até então.
Fomos atrás da diretora do grupo Sabrina Caires e tivemos um dedinho de prosa com ela, para entender um pouco mais sobre a obra do escritor Plínio Marcos.
Mas antes ela nos falou como foi a viagem a São Luiz do Paraitinga: “A viagem foi boa, porque o grupo está há 6 meses juntos, com uma carga horária grande, então, precisávamos de um lugar para relaxar, pois estamos vivendo, comendo e respirando onça. O nosso logo é o Divino Espirito Santo, então, ir a uma festa voltada ao Divino, faz toda a diferença. O mais legal de tudo é ver o elenco vivenciando o laboratório da cultura popular, não dá para falar da cultura sem ser popular, tem que ser do povo, tem de estar com o povo, para falar do povo. O grupo voltou com a energia renovada, com brilho nos olhos”.
Explique-nos o que são bichos humanizados que veremos na peça, “Todos nós temos características/personalidades, o Plínio Marcos, pegou as características/personalidades das pessoas em contraponto com os animais, por exemplo onça carnívora, forte, tem o poder, mas tem o poder na força bruta. Nessa pirâmide social você vê o bicho e a sua personalidade se destacando, é a personalidade do bicho que se encaixa com você”.
A inclusão é um dos focos do “Rendeiros”, como a Libras está sendo inserida na “Onça”, “A acessibilidade e a inclusão de Libras são o carro chefe no grupo, a inclusão do intérprete de Libras dentro do espetáculo é algo inédito no espetáculo no Brasil. Temos um cuidado estético, é um grande desafio para nos.
Se existem dificuldades para os atores nessa peça, quais são elas, “Nos três primeiros meses tive que desconstruir os personagens, por se tratar de um infantil as vezes as coisas caem num estereótipo, tudo começa no olhar e nos pés, o ator tem que tirar de dentro para fora os personagens, só tenho a agradecer aos atores, não existem dificuldades”.
Como é essa responsabilidade de trabalhar um texto inédito e leva-lo ao palco? Esse texto foi um presente do diretor Reginaldo Nascimento, um diretor que muito admiro, está comigo há 10 anos, e quando a gente guarda tem toda uma concepção na cabeça, e chegou o momento certo. Você espera o elenco certo chegar, é um desafio e as coisas aparecem no momento certo, com a equipe certa. Se você tem uma boa equipe, você tem um bom trabalho.
Um panorama do que foi feito no decorrer do primeiro semestre de 2015
Concorrendo com 316 inscritos, o “Rendeiros Contadores de Histórias”, venceu uma disputa e foi contemplado no final do ano passado no Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, com o prêmio “Zé Renato de Teatro”, e a partir de então, a missão de apresentar pela primeira vez o texto inédito “Onça Que Espirra Não Come Carne” do escritor Plínio Marcos.
As atividades ganharam ritmo no início de fevereiro, com ensaios semanais de preparação vocal com Maurício Mangini e preparação corporal com Deise de Brito. Foi feita a pesquisa e experimentação cênica de jogos, brincadeiras infantis e parlendas, e também o início das marcações de cena (cena 0 e cena 01). Foram feitos exercícios cênicos sem texto para a interpretação da língua, e ainda houve a tradução das primeiras cenas para Libras.
No segundo mês de ensaio para a peça ‘Onça Que Espirra Não Come Carne’, o grupo teatral ‘Rendeiros Contadores de Histórias’, prosseguiu com os encontros semanais e as preparações vocal e corporal. O circo passou a compor a preparação dos ensaios sob comando de Ronaldo Aguiar. Em março, por coincidência da inserção da nova preparação no cronograma, foi comemorado o dia do circo. A partir do boletim de março os textos passaram a ser traduzidos em Libras.
Em abril o grupo prosseguiu rendando suas atividades com circo, corpo e voz. Nessa fase os preparativos ganham mais ritmo, o cenário do espetáculo começou a ganhar vida pelas mãos do cenógrafo e figurinista Chico Cardoso. Os atores Sheyla Toaiari, Diego Reis, Daniele Leite e Guto Nunes participaram do processo de montagem e desmontagem do cubo de bambu, que irá compor a cenografia da onça.
Luz, cenário e ação, no final de maio, o cenário ficou pronto pelas mãos do talentoso cenógrafo Chico Cardoso. Paulo Oseas, responsável pela iluminação da “Onça”, descreveu que: “A concepção da luz desse espetáculo foi concebida com a preocupação de fazer com que ideias poéticas das cenas sejam entendidas no universo do autor Plínio Marcos para o espaço rua e ou palco convencional”.
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Fotos de Kátia Peixoto.


Fotos Kátia Peixoto
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